quinta-feira, 6 de outubro de 2011

ATUALIZADO EM 6.10 - ÀS 20:26H
Greve nacional dos Correios: o balanço da paralisação que já dura 22 dias

O jogo – luta para alguns – conhecido como “queda de braço” ou “braço de ferro”, que está sendo disputado entre os dirigentes dos Correios e o comando de greve dos carteiros precisará de outro round.

Foto obtida no Google

A Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Correios e Telégrafos e Similares (FENTECT), que congrega 35 sindicatos, e a Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT) encontraram um denominador comum durante a reunião de terça-feira (4), realizada no Tribunal Superior do Trabalho (TST), em Brasília. A proposta de consenso (ECT/FENTECT) teria de ser acatada por, pelo menos, 18 sindicatos da categoria, no entanto, a maioria quis permanecer de braços cruzados. Poucos disseram sim.

       "...braços operários decididos a não ceder e
braços patronais certos de que 
não vão conceder"


Em síntese, a liderança sindical instalada na Federação que negociou com a estatal aceitava os seguintes termos: reajuste salarial de 6,87% (retroativo a 1º.8.2011); aumento linear de R$ 80,00 (a partir de 1º.10.2011); devolução do desconto de 6 dias de salário, em folha suplementar, valor que seria redescontado, em 12 parcelas mensais e sucessivas (nos contracheques de janeiro de 2012 em diante); ressarcimento de outros 15 dias de paralisação, com trabalho em sábados e domingos; vale alimentação de R$ 25,00; vale cesta de R$ 140,00; vale extra de R$ 575,00 (pago em dezembro de 2011); reembolso de vale creche no valor de R$ 384,95; auxílio dependente no valor de R$ 611,02 e ressarcimento de despesa com medicamentos, no valor mensal de R$ 28,00.

De modo geral tem sido assim nos grandes movimentos grevistas no Brasil: braços operários decididos a não ceder e braços patronais certos de que não vão conceder.

Eis o espólio da intransigência dos negociadores, agravada pela falta de pessoas treinadas nas técnicas de mediação que parou os serviços postais nesses 22 dias: 147 milhões de correspondências e encomendas retidas nos depósitos (isso exigirá mais de uma semana para por em dia as entregas); prejuízos financeiros de 420 milhões – dizem os dirigentes da ECT – sem previsão de prazo para recuperação da perda; os estados onde a paralização causou maiores prejuízos foram Rio de Janeiro, São Paulo e Bahia onde a regularização dos servidos demandará mais tempo e exigirá custo operacional mais alto.
                                                                      
Agora entraram em cena as lideranças locais que disputam prestígio político e dão demonstração de força – sem qualquer preparo técnico para a negociação –, que decidiram não aceitar a proposta do TST. Não creio que antes de segunda-feira (10) haja solução para a greve. E para piorar o cenário, na semana que vem haverá um feriado na quarta-feira e as provas do ENEM estão batendo à porta.


TRT DA 9ª REGIÃO ELEGE OS DIRIGENTES PARA O BIÊNIO 2011/13


O bloger destaca este relevante fato para o judiciário trabalhista, em homenagem aos diletos amigos desembargadores Altino Pedrozo e Rosemarie Pimpão e ao futuro amigo Dirceu Pinto Júnior, e desde já lhes deseja sucesso absoluto na Administração da nobre Corte paranaense.


Curitiba, 5 de outubro de 2011 - A atual vice-presidente do Tribunal Regional do Trabalho do Paraná (TRT-PR), desembargadora Rosemarie Diedrichs Pimpão, foi eleita, nesta quarta-feira, 5 de outubro, para a presidência do Tribunal, no período de dezembro de 2011 a dezembro de 2013. Juntamente com Rosemarie Pimpão, foram eleitos os desembargadores Altino Pedrozo dos Santos, para vice-presidente, e Dirceu Buyz Pinto Júnior, para corregedor regional. A cerimônia de posse será no dia 1º de dezembro, às 19 horas. (Texto extraído no site do TRT-PR)

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