sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Estatísticas europeias revelam novidades sobre o comportamento e a saúde dos trabalhadores britânicos pós-modernidade

Tempos Modernos (Foto Folha de São Paulo)
James Hall, jornalista, revelou em recente matéria no The Telegraph, de Londres, que 38% dos trabalhadores (praticamente quatro em cada dez) ouvidos em uma pesquisa dirigida ao comportamento profissional dos britânicos, que eles preferem ver o seu colega de serviço perder o emprego do que eles terem de aceitar uma pequena redução na remuneração. 

Com isso podemos concluir que uma significativa parcela dos trabalhadores ingleses está mais preocupada com o seu salário do que com o emprego do colega de labuta. É certo, todavia, que a maioria (cerca de 60% dos entrevistados) respondeu que não se sentiria prejudicado em receber um pequeno reajuste para que um colega mantivesse o seu emprego na organização.

Ilação: subsiste no mundo do trabalho britânico uma ética profissional, apesar das grandes dificuldades que os países europeus vem enfrentando desde 2008.

Mudando o foco sem perder de vista o assunto. Outra pesquisa - esta voltada para a área da medicina do trabalho - visou apurar os maiores problemas enfrentados pelos trabalhadores modernos que os tiram do serviço. A análise concluiu que as dez principais causas de absenteísmo nas empresas, observada a ordem de incidência, são: estresse, ataque cardíaco e derrame, lesões musculoesqueléticas, doença mental, dor nas costas, asma, gripes e dores de cabeça, manifestações patológicas por causa da gravidez, acidente do trabalho e acidente doméstico.

Segundo os resultados dessa pesquisa os vilões modernos da saúde física e mental das pessoas que trabalham fora são: carga de trabalho muito pesada, chefia despreparada ou “ruim” e receio da dispensa. Atuam paralelamente a esses fatores outros motivos de pressão psicológica como os conflitos familiares e os decorrentes das relações de amizade.

À conclusão tocante chegou Louisa Peacock, editora da seção Emprego, do mesmo periódico inglês, sobre os resultados da pesquisa realizada por Chartered Institute of Personnnel and Development (CIPD) e Simplyhealth Found (SF). Ela descobriu que “pela primeira vez o estresse se tornou a principal causa de ausência por doença, em toda a força de trabalho britânica, superando doenças como o câncer agudo” - explicou. 

São os custos pessoais da vida profissional moderna.


Nova hipótese de estabilidade. Projeto de lei da Câmara dos Deputados  proíbe  dispensa  imotivada de  testemunha em processo trabalhista

O deputado Vicentinho (PT-SP), relator do projeto de lei que dispõe sobre a vedação de dispensa de testemunha arrolada em processo trabalhista (a lei se aprovada acrescerá dispositivos à CLT) na Comissão de Trabalho, de Administração e Serviço Público (CTASP), conseguiu a aprovação, nesta quarta-feira (5) do seu substitutivo à proposta do deputado Mário de Oliveira (PSC-MG) – informa a Agência Câmara.

Pelo comunicado se fica sabendo que o substitutivo do ex-operário, hoje advogado, Vicentinho deu redação mais técnica a dispositivos do projeto original, estabelecendo que “a proibição de dispensa imotivada valerá por um ano, contado a partir do depoimento em juízo da testemunha” e, conforme destaque do relator, “colaborará para minimizar os riscos de retaliação por parte do empregador” - justificou.

A nova estabilidade provisória - a da testemunha arrolada em feito trabalhista - será de um ano a contar do dia em que prestar declarações à Justiça do Trabalho e somente permite ao empregador dispensá-la nos casos de justa causa e necessidade econômica da empresa, devidamente fundamentada, por escritoSe a regra legal for desobedecida o empregador pagará ao empregado (testemunha) dispensado multa correspondente a 12 salários do seu cargo, sem prejuízo da indenização por dano moral.

A lei aprovada como está corre o risco de criar mais um tipo de estabilidade no emprego (eu disse estabilidade, sem a palavra provisória): a do trabalhador que funcionar como testemunha, uma vez por ano, porque anualmente ela será prorrogada

Por outro lado, isso significa milhares de novos processos na Justiça do Trabalho e mais atraso na prestação jurisdicional. Alguém deve avisar aos deputados...

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