Por iniciativa do deputado federal Leandro
Sampaio (PPS-RJ) o brasileiro já tem no calendário o Dia Nacional de Valorização da Família. O projeto de lei (PL 3905) apresentado em 2008 na Câmara dos Deputados (CD) para instituição desse dia foi finalmente aprovado no Senado Federal (SF)
e sancionado pela Presidente Dilma Rousseff, transformou-se na Lei nº 12.647/2012,
publicada no Diário Oficial da União de 17 de maio de 2012.
A proposta, segundo o seu autor, “visa criar momentos de reflexão para chamar
a atenção da sociedade, de governos e responsáveis por políticas locais para a
importância da família como instituição fundamental para o desenvolvimento
humano”. De fato, a família brasileira vem sendo submetida nos últimos trinta
anos a um processo de substituição de seus valores, tão rápido quanto multifacetado – e a
sociedade quase não tem tempo de avaliar se as mudanças propostas trarão
efetivamente valores melhores ou mesmo para encontrar contrafortes para
represar esse movimento internacional.
A celeridade das mudanças exigidas e a
agressividade dos defensores de outras “virtudes” não caretas, refutadas pelas
famílias tradicionais por serem liberais demais, avançadas em demasia,
excessivamente condescendentes e irresponsáveis, às vezes. Essa reforma cultural visa, antes de tudo, o consumismo, a quebra da hierarquia
nas instituições sociais e plena liberdade para cada um fazer o que quiser. É a
nova face do movimento hippie dos
anos de 1960 que enfrentou a sociedade e debochou dos seus valores.
Diante desse quadro pode-se indagar: o que
explica as novidades como o feminicídio, a homofobia, a pedofilia, o crescimento vertiginosos do vício das drogas e a
violência doméstica senão a negativa dos valores concentrados no núcleo familiar, responsável pelo desenvolvimento dos grupos sociais e preservação dos seus
valores culturais e morais?
A lei em foco estabelece que o dia 21 de
outubro seja dedicado ao Dia Nacional de Valorização da Família, despertando e
alertando “a todos para a importância de
analisar questões fundamentais relacionadas à família (...) capaz de forjar as
virtudes necessárias ao bem-estar da sociedade e do Estado”, tal como
pretendia o autor do projeto de lei ao apresentá-lo na Câmara dos Deputados em 2008.
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