A intenção declarada pelo deputado Alessandro
Molon (PT-RJ), relator do Projeto de Lei
2126/2011, de autoria do Poder Executivo, conhecido como Projeto de Lei do Marco
Civil da Internet, é votar a proposta ainda este ano. Na pauta da
Comissão Especial que aprecia este projeto está prevista para hoje (12) a conclusão do
seminário destinado a ouvir técnicos e representantes da sociedade civil a esse
respeito. Especialistas que já participaram do evento destacaram que as lacunas
da legislação brasileira facilitam abusos por empresas que atuam na internet.
Existe outra iniciativa neste sentido, de autoria
do ex-senador Luís Estêvão, apresentada em 2001, que se encontra na Câmara dos
Deputados (CD) aguardando parecer do Ministério da Educação (MEC).
Ingressar no mundo cibernético é instigante
e ao mesmo tempo assustador pelo que se descobre ao examinar as notícias
veiculadas na imprensa mundial sobre o Stuxnet e Flame; aquele, desenvolvido
provavelmente pelos Estados Unidos da América e Israel – segundo admite a mídia
internacional e os dois países não desmentem, nem confirmam – foi capaz de
atacar instalações nucleares iranianas e este se encarregou de roubar dados
dos sistemas computacionais e ouvir chamadas telefônicas naquele país.
Mas esses não são os primeiros espiões em
forma de vírus. Em 2009, hackers chineses invadiram sistemas de computadores
norte-americanos aproveitando-se de uma falha do navegador Internet Explorer.
Numa sequência de artigos publicados sob o
título “Compreensão do ciberespaço é a chave para se defender dos ataques
digitais”, o jornal The Washington Post
trouxe recentemente à mesa de debates esse tema e revelou os riscos que ele
representa para os usuários, inclusive de uma “guerra” cibernética.
Diante dos novos produtos desenvolvidos pelos
hackers a segurança digital hoje é
praticamente ineficaz, já que os milhões de aparelhos – smartphones, computadores (usados para lazer ou profissionalmente e
mesmo os de uso militar) – que utilizam códigos estão ligados a uma rede mundial
que pertence ao ciberespaço.
De acordo com Robert O”Harrow, jornalista
especializado do Washington Post, o nosso ciberespaço é frequentado por um
número crescente de outros tipos de máquinas e dispositivos “inteligentes” presentes
em câmaras de segurança, elevadores, sistemas de tomografia computadorizada,
sistemas de posicionamento de satélites, redes bancárias, trens e computadores
que controlam as redes de energia
elétrica e de águas. E tudo isso é vulnerável aos hackers maus.
Mas nem tudo está perdido para os usuários do
world wide web. Os melhores hackers do mundo, aqueles que invadem
computadores e aparelhos celulares e quebram sistemas tidos como ultrasseguros, estão trabalhando com afinco para empresas de segurança informática.
O Marco Civil da Internet certamente dará
maior segurança aos usuários dessa maravilha do século XX, de cujo instrumental
estamos cada vez mais dependentes.
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