O deputado socialista francês Arnaud
Montebourg, ora ministro da Recuperação Produtiva, sinaliza que o país está vivendo um longo
processo de queda da capacidade industrial (o setor que, em 2000, representava 25% da
riqueza nacional, hoje banca apenas 14%) e isso significou um rápido acréscimo do
ritmo de desindustrialização.
Para o ministro ainda há meios disponíveis
para salvar os empregos que ainda podem sê-lo, revelou Montebourg ao jornal Le
Figaro, na última quinta-feira, 31.
Referindo-se à Comissão Europeia, o ministro
refutou a versão desse órgão de que o seu país tem problemas com a
competitividade e com altos custos trabalhistas. Admitiu que, comparada com a
Alemanha, a França perdeu competitividade na última década, mas o esforço
econômico daquela nação foi calcado em uma política salarial restritiva ao passo que a França escolheu o caminho menos sacrificante para a população na saída da crise econômica.
Embora não admitindo que a França esteja sendo tolerante no tratamento da questão salarial, o ministro encerrou sua resposta,
dizendo que “a competitividade não pode
ser adquirida à custa de empregados ou consumidores”. Bem, com essas
palavras ele definiu a posição do governo francês no enfrentamento da crise
econômica.
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