quarta-feira, 4 de abril de 2012

A GIGANTE NORTE-AMERICANA FOXCONN COMPROMETEU-SE A OBSERVAR AS LEIS TRABALHISTAS NAS FÁBRICAS DA CHINA

A empresa Foxconn, com sede em Taiwan (conhecida na China como Hon Hai Precision Industry Company) que estava sob investigação, por ela mesma solicitada, da Fair Labor Association (FLA) – em português Associação do Trabalho Justo, muito mais consentâneo com a realidade linguística portuguesa do que o nome Trabalho Decente adotado no Brasil a partir do original espanhol , aquiesceu em reduzir efetivamente as horas de trabalho exigidas e aumentar significativamente o salário dos empregados lotados em fábricas na China.

Na inspeção foram constatadas ao menos 43 violações de leis e regulamentos trabalhistas chineses, depois de ouvidos 35.500 trabalhadores que produzem para a Apple (a Foxconn também fabrica para Amazon, Dell e Hewlett-Packard), segundo revelou o jornal New York Times na edição de quinta-feira (29).

Como resultado dessa importante diligência da FLA (uma associação norte-americana que reúne empresas, universidades e organizações civis, destina-se a melhorar as condições de trabalho no mundo, engajando os contratantes de mão de obra no mundo no cumprimento da legislação trabalhista) a Foxxconn assumiu o compromisso de até julho de 2013 controlar a jornada de trabalho nas suas plantas na China (havia operário trabalhando 60 horas/semana), além de observar com mais rigor as regras de segurança e medicina do trabalho vigentes naquele país.

 De acordo com o jornal O Estado de São Paulo da mesma data, a Apple divulgou à mídia que concorda plenamente com as conclusões da FLA e que adotará suas recomendações porque mantém um código de conduta nesse sentido com essa associação.

Oxalá esse fato relevante no mundo do trabalho leve à China, nossa colega no BRICS, um sopro de mudança no sistema legal de proteção do trabalhador.

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