Um dos motivos que
certamente levaram o governo federal a facilitar a concessão de visto permanente aos
trabalhadores estrangeiros (ver postagem da segunda-feira, 27) foi a mudança de
direção do fluxo da mão de obra nos últimos 5 anos. Os pedidos de visa para trabalhar no país voltou a crescer
significativamente e a tradicional burocracia ordinatória brasileira atrapalhava
o pronto atendimento dos requerimentos de entrada ou de permanência desses
trabalhadores.
No primeiro semestre deste
ano, o Governo concedeu 32.913 autorizações para entrada ou permanência de trabalhadores (29.065
vistos temporários e 3.848 permanentes), segundo estatísticas divulgadas dias
atrás pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). Isso significa um aumento de
cerca de 20% no total de ingressos de mão de obra estrangeira, considerado o
mesmo período de 2011.
No último quinquênio há
registro de 228.902 vistos temporários e permanentes concedidos para trabalho e
investimento de pessoa física (pequenos empresários).
A mesma fonte revela que continua
em alta a demanda por postos de trabalho em plataformas marítimas ou
embarcações dos setores petrolífero e turístico e em ofícios técnicos (assistência
técnica, cooperação técnica e transferência de tecnologia), bem como artistas e
desportistas.
Essas categorias de profissionais
predominantes, de acordo com a Coordenação Geral de Imigração do MTE, originam-se
dos Estados Unidos da América, Filipinas e Reino Unido, embora haja ainda
imigrantes vindos do Japão, Índia e Alemanha. Os destinos mais procurados no
Brasil foram os estados de São Paulo, Rio Grande do Norte e Bahia.
Com relação ao fluxo de
capital revelaram-se boas investidoras em nosso território pessoas físicas
autorizadas a trabalhar no país, os italianos, portugueses e chineses. Só eles (490
vistos no semestre) trouxeram R$ 107,8 milhões. Não é muito dinheiro, evidentemente,
consideradas as necessidades de investimento do país, porém é uma nova
perspectiva de entrada de moedas no país que estão evitando investir na Europa.
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