O anteprojeto de lei preparado
pelo Sindicato dos Metalúrgicos do ABC paulista visando incluir no direito coletivo – que tem pouca expressão no Direito do Trabalho brasileiro – a figura
do Acordo Coletivo Especial (ACE) está na fase preliminar de tramitação na
Câmara dos Deputados (CD). A iniciativa que tem recomendação de algumas
lideranças sindicais e partidárias, já foi inclusive chancelada pela Central
Única dos Trabalhadores (CUT).
Sérgio Nobre, Presidente do Sindimetal ABC (foto divulgação) |
Se virar lei, os sindicatos das
categorias profissionais (trabalhadores) poderão firmar acordos coletivos com
uma ou mais empresas com finalidade específica. A novidade foi apresentada
recentemente pelo Sindimetal ABC ao Presidente da CD, deputado Marco Maia
(PT-RS) e, no início do mês de março, ao Procurador Geral do Trabalho, Luís
Antônio Camargo de Melo, e ambos viram com bons olhos a iniciativa de uma nova
hipótese de acordo coletivo, conforme matéria divulgada pelo sindicato.
Para os autores do anteprojeto
ele “possibilita a assinatura de acordos coletivos entre sindicatos
profissionais e empresas para adequação de situações específicas, desde que
assegurados os direitos fundamentais do trabalhador previstos no art. 7º da
Constituição Federal”, diz a nota do sindicato paulista postada no seu site oficial. Em tese, a proposta baseada
na experiência desse sindicato no estabelecimento de acordos e convenções
coletivas, realmente destaca os princípios do direito coletivo, prestigiando a
negociação trabalhista e valorizando a ação dos sindicatos realmente
representativos.
A sugestão em apreço necessariamente
modificará o disposto no § 1º do art. 611 da Consolidação das Leis do Trabalho
(CLT) que hoje tem caráter restritivo.
O
Presidente da entidade também apresentou o tema ao Tribunal Superior do
Trabalho (TST) durante seminário realizado pelo no mês de abril passado,
oportunidade em que defendeu a atuação dos comitês sindicais nos locais de
trabalho, considerados elementos imprescindíveis ao sucesso na aplicação do
acordo coletivo especial.
A
Federação das Indústrias de São Paulo (FIESP) e a Confederação Nacional da
Indústria (CNI), a cujos presidentes os estudos preliminares igualmente foram
apresentados são favoráveis à iniciativa, afirma o presidente do Sindicato dos
Metalúrgicos, Sérgio Nobre, em matéria divulgada pela entidade nos círculos
classistas.
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