Faleceu hoje, no Rio, o ministro Arnaldo
Lopes Süssekind. Deixou a caminhada terrena com 95 anos, no mesmo dia do mês em que nasceu.
Na sua fértil história de vida deixou um invejável patrimônio de realizações jurídicas e acadêmicas que para nossa geração de juslaboralistas é um verdadeiro legado.
Arnaldo Lopes Süssekind (1917-2012) |
Com o seu passamento, encerra-se o ciclo
virtuoso do Direito do Trabalho brasileiro, nascido na década
de 1930, porquanto esta ciência originou-se do direito civil brasileiro, com forte influência
do direito social francês e impregnado da sociologia, dadas as características da comissão
encarregada de elaborar a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) por decisão de Getúlio Vargas.
O Brasil perdeu um dos seus filhos mais insignes
e o Direito do Trabalho pátrio sofrerá, por certo, uma ruptura na sua evolução histórica. Seguirá
em frente, porque isso é inexorável, porém sem o liame com o fato social, uma das
características que o distinguiram no mundo civilizado.
Éramos amigos próximos, circunstância que muito
me honra, e com ele não somente aprendi o ius;
herdei a paixão pelo direito social. Na última vez em que nos reunimos em seu apartamento, em Copacabana, alinhavamos os alicerces do Instituto Memória do Direito do Trabalho do qual lamentavelmente ele não participará.
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