Na edição web do jornal costarricense La Nación, editado na capital San José, do último domingo (10), encontrei sob o título: "Gilbert Brown deixa órfão o sindicato que fundou faz 44 anos" esclarecedora matéria sobre um notório líder sindical daquele país. Nela encontrei – a despeito de algu-mas singularidades, é claro – uma história de vida muito semelhante a de diversos sindicalistas brasileiros.
Gilbert Clifton Brown Young dirigiu o sindicato dos petro- leiros costarricenses durante 44 anos (foto nacion.com.cr) |
Lembrei-me então que já havia lido algo a respeito desse personagem na imprensa internacional. Pesquisei e recuperei matéria publicada em 29 de agosto de 2012, no Semanario Universidad, editado pela Universidade da Costa Rica, pequeno, desenvolvido e aprazível país caribenho. Trata-se de uma longa entrevista com Gilbert Brown, conhecido líder sindical petroleiro, sobre a nova unidade do monopólio estatal, a Refinadora Costarricense de Petróleo - RECOPE, que usará mão-de-obra chinesa na sua construção e tecnologia norteamericana na produção.
Como se sabe a Costa Rica não produz petróleo nem gás; os compra principalmente da Venezuela e do México.
Como se sabe a Costa Rica não produz petróleo nem gás; os compra principalmente da Venezuela e do México.
Gilbert Clifton Brown Young ingressou como operador de refinaria na velha unidade da RECOPE da cidade portuária de Moín, em 1967, mas a área de produção não estava operando e ele acomodou-se na Administração da planta. Em 1969, com 26 anos de idade, durante uma reunião noturna de petroleiros no clube do Partido Liberação Nacional (PLN) fundou o Sindicato dos Trabalhadores Petroleiros Químicos e Afins (Sitrapequia).
Após diversas reeleições seguidas e pouco mais de duas dezenas de greves (a maioria bem sucedida), o carismático líder passou o cargo de secretário geral da entidade para o colega Manuel Rodriguez. Não pensem que Brown, ao deixar a direção do Sitrapequia, afastar-se-á do poder ou das lides sindicais; agora ele é chefe de Bem-estar da entidade e declarou à jornalista Vanessa Loaiza, do La Nación, que não prometia abandonar as ruas e as lutas classistas.
Os dados relativos às conquistas dos petroleiros costarriquenhos nas sucessivas convenções coletivas de trabalho são reveladores de uma progressiva conquista de diretos trabalhistas e previdenciárias nesses instrumentos jurídicos, fato que credencia as administrações de Brown, porém, a ausência de alternância no poder macula a sua atuação porque permite que se conclua que ela não foi democrática como desejável.
Os dados relativos às conquistas dos petroleiros costarriquenhos nas sucessivas convenções coletivas de trabalho são reveladores de uma progressiva conquista de diretos trabalhistas e previdenciárias nesses instrumentos jurídicos, fato que credencia as administrações de Brown, porém, a ausência de alternância no poder macula a sua atuação porque permite que se conclua que ela não foi democrática como desejável.
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