sábado, 21 de novembro de 2015

Duas péssimas notícias para o mundo do trabalho

O mês de outubro foi ruim em notícias para os cidadãos preocupados com os destinos da força de trabalho nacional, especialmente para quem constata que seus avisos foram ignorados e, muitas vezes, seus conselhos desprezados pela burocracia estatal. Eis duas apurações importantes desse período que vão na contramão do progresso e do desenvolvimento do país:

A taxa de desemprego continua a subir, paulatinamente, conforme já registrei mais de uma vez neste blog. As estatísticas oficiais revelam que, em janeiro, essa taxa era 5,3%, pulando em fevereiro para 5,9%, chegando no mês de março a 6,2% e alcançando em abril o índice de 6,4%; em maio ela pulou para 6,7%, em junho subiu mais um pouco, atingindo 6,9% e, em julho, elevou-se a 7,5%. No mês de agosto o desemprego registrou 7,6% e, em setembro, repetiu essa taxa para, em outubro, dar novo salto, batendo nos 7,9%. 

Tem sido um crescimento sucessivo e ascendentemente preocupante  já que o desemprego não dá sinais de estabilizar-se ou, o que seria melhor, cair. O desemprego engolfa os trabalhadores que perderam as vagas, fere a dignidade pessoal, afoga em dívidas o desempregado e sua família e fá-los perderem a esperança de se manterem ocupados realizando algo que lhes forneça os meios honestos de subsistência.

O trabalho infantil por sua vez  ilegal porque a lei somente permite o trabalho após os 16 anos (exceto na condição de aprendiz)  prossegue desafiando as autoridades administrativas e desiludindo juristas, sociólogos, educadores e outros estudiosos desse fenômeno social preocupados com essa reversão do movimento de queda até então registrado.

Dados recentemente divulgados pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (PNAD), realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IGBE), dão conta de que o trabalho proibido, na faixa etária de 5 a 13 anos, subiu após pouco mais de 10 anos de queda: temos desde 2014 cerca de 554 mil crianças e adolescentes tralhando ilegalmente. Isso equivale a um aumento de 15,5% na faixa entre 5 e 9 anos e de 8,5% entre os 10 e 13 anos. São pequenos trabalhadores que "se empregam" para reforçar os ganhos das famílias.

Essa mão de obra permanece horas a fio afastada do meio familiar, desviada prematuramente das escolas, causando prejuízo à sua formação moral e psicológica e impedindo que essa massa de adolescentes se qualifique convenientemente ao ingresso na hora certa no mercado de trabalho, o qual está cada vez mais exigente e seletivo em termos de capacitação e aperfeiçoamento técnico. Começam a trabalhar cedo demais e sem perspectivas de alcançarem bons empregos no futuro porque não terão o tempo de estudo exigido pelos diversos setores da economia.

SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL VAI DECIDIR SE CONTRATADO POR APLICATIVO ESTÁ PROTEGIDO PELA CLT (II)

Conclusão:  O que pensam os ministros do STF?                Já se tornou fato comum o Supremo Tribunal Federal ser provocado por empresas...