"Para que o mal triunfe, basta que os bons não façam nada" (Edmund Burke)
A
história geral nos ensina que o imperador romano Tibério César – a quem os autores atribuem um caráter duvidoso
e comportamento agressivo, revanchista e perseguidor – autorizava os governadores dos territórios ocupados a soltar um condenado em certas ocasiões.
Pôncio Pilatos, governador da Judeia (território do reino de Judá antes da chegada das legiões romanas) costumava fazer isto na Páscoa.
Pôncio Pilatos, governador da Judeia (território do reino de Judá antes da chegada das legiões romanas) costumava fazer isto na Páscoa.
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Noutra narrativa, a bíblica, os evangelistas Mateus, Marcos e Lucas revelam que, durante o
julga-mento de Jesus, após ouvir os doutores da lei, os escribas e os grão-sacerdotes, Pilatos indagou aos que assistiam o julgamento:
“-
A quem devo soltar? Um preso condenado ou o rei dos judeus?”.
Incitados
pelos doutores da lei, os escribas e os anciãos, uma parte ativa do povo ali reunido decidiu soltar Barrarás, um condenado afamado, e crucificar Jesus. Então, Pilatos lavou as mãos...
Em primeiro plano Themis, a deusa da Justiça na mitologia grega e ao fundo o Supremo Tribunal Federal |
“Gratidão
não é
contraprestação...”
(Edson Fachin)
No combate à corrupção sistêmica no país, nossas esperanças estão depositadas nos atuais doutores da lei que, segundo os bons, são juízes isentos e independentes. E, como declarou o ministro Edson Fachin, relator dos processos da Operação Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF), em entrevista concedida ao jornalista Roberto D'Avila nessa terça-feira (27), no canal Globo News, não se deve gratidão a alguém pela nomeação para a mais alta corte do judiciário, porque "gratidão não é contraprestação; gratidão é ser grato à vida" – enfatizou o ministro.