sábado, 26 de dezembro de 2015

COMO O SEU CHEFE MAU ESTÁ MATANDO VOCÊ LENTAMENTE

A BBC publicou em seu site, no início deste mês, uma interessante
matéria a respeito dos males que um chefe mau, além do cigarro, 
drogas e maus hábitos alimentares,  podem causar à saúde dos trabalhadores


Foto: Época NEGÓCIOS Online
Baseada em pesquisa realizada recentemente, segundo a BBC, sabemos que cerca de 75% dos trabalhadores norteamericanos ao responderem à bateria de perguntas formuladas pelos pesquisadores da Associação Psicológica Americana (APA), apontaram seus chefes como "a maior causa" do estresse profissional.

Outra revelação: entre os que se dizem vítimas de bad boss, 59% replicaram que, apesar disso, decidiram não sair do emprego...

Esse resultado por certo não deve ter surpreendido os pesquisadores que conhecem bem o mecanismo das relações funcionais superior hierárquico/subordinado, porém levou a imprensa, se não pelo fato em si, mas pelo índice elevado de trabalhadores afetados por esse comportamento dos líderes de equipes, a divulgar essa estatística.

Na verdade, esse estudo revela algo previsível no mundo do trabalho, porquanto o convívio com um chefe classificado como um mal exemplo de superior hierárquico, dia após dia, realmente transtorna o cotidiano do trabalhador; quando não da empresa. Daí, pode-se concluir que, quanto mais difícil  se apresentar o mercado de trabalho em determinado momento  um período de crise da economia dos países, por exemplo  mais fácil será, para quem não pode pôr em risco o seu cargo, perder o controle da situação e assim escancarar uma janela ao estresse, tornando-se vulnerável a uma série de doenças físicas e psicossomáticas.

Todos nós possuímos um sofisticado sistema orgânico, inato, capaz de reagir às agressões externas (estresse físico ou psicológico), chamado na medicina e psicologia "reação adaptativa", que visa a restabelecer o equilíbrio físico e mental do indivíduo quando algum fator externo agride nosso organismo (a homeostase). Se, contudo, essas agressões se tornam contínuas e prolongadas, tal sistema de proteção pode perder sua eficácia e as respostas à agressão (stress) não conseguem mais evitar que doenças físicas (asma, bronquite ou urticárias, por exemplo) e psicossomáticas (a incapacidade de enfrentar a agressão psicológica causa doenças físicas verdadeiras como hipertensão arterial, artrites e úlcera gástrica, ente outras).

Adriana Chirasello, autora da matéria, destaca que deixar o emprego "escapando para uma nova posição nem sempre é uma opção" à disposição da vítima do gestor truculento, de maus bofes, cruel. Então ela agrega a esse contexto algumas regras capazes de manter a vítima motivada ao trabalho, como, por exemplo, tentar fazer uma lista de metas diárias e verificar o seu atingimento no cotidiano, e desligar o telefone, o celular e o e-mail nos fins de semana. Segundo a jornalista, essas medidas práticas podem reenergizar o trabalhador vítima do chefe mau a manter-se sadio no trabalho "mesmo que por período curto".

Diante da grave crise que a economia brasileira atravessa  sem perspectivas de breve solução – considero esse estudo divulgado pela BBC um importante instrumento para aliviar as tensões no mercado de trabalho do país. É bom levarmos em conta essa pesquisa.


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Conclusão:  O que pensam os ministros do STF?                Já se tornou fato comum o Supremo Tribunal Federal ser provocado por empresas...